segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

OS 10 PRIMEIROS SUPER-CARROS.

Grandes, mal-encarados, velozes: estas características definem um supercarro. Hoje em dia nos acostumamos à ideia de um 0 a 100 em menos de quatro segundos, superar os 300 km/h e uma estabilidade digna de um protótipo Le Mans. Mas qual foi o primeiro a reunir esses ingredientes? Que tal uma lista com os dez dos carros que quebraram os paradigmas da indústria?

Blitzen Benz (1909)

Por que é mais do que um carro? O Blitzen “Relâmpago” Benz da Benz & Cie. (que mais tarde se uniria à Mercedes para formar a Mercedes-Benz) deteve o recorde de velocidade máxima em terra com 228,1 km/h entre 1909 e 1919. Era duas vezes mais rápido que um avião da época.
O carro equipado com um quatro cilindros de 21,5 litros e 200 cavalos foi construído para tomar o recorde de velocidade em terra, o que talvez o torne mais um carro de corrida que um verdadeiro supercarro nos moldes modernos. Bem, não use seu histórico de competições contra ele, é basicamente o que as pessoas faziam com seus automóveis no começo do século XX. No final das contas, vergonha é não usar os Veyrons em Le Mans.

Mercer Raceabout (1910)

Por que é mais do que um carro? O Mercer Raceabout era basicamente um bólido das 500 milhas com para-lamas.
Seu quatro cilindros 5.0 não entregava mais do que 56 cavalos a 1.900 rpm, mas era o suficiente para que chegasse a 110 km/h quando você quisesse. Comparado com os bigodes da Ford, que na época tinham uma velocidade máxima de 72 (se você tivesse os colhões de tentar chegar a este número), o Mercer era um foguete.

Stutz Bearcat (1912)

Por que é mais do que um carro? O Bearcat, fora ter um dos melhores nomes de todos os tempos, foi um dos grandes carros esportivos da década de 1910. Foi lançado em 1912, e manteve sua fórmula básica até 1917.
Correu nas 500 milhas de Indianápolis, e você podia comprar um para ir de mansão e mansão a bordo de uma belíssima carroceria com a certeza que estava no modelo mais rápido das estradas, a não ser que um certo Mercer aparecesse…

Fiat Mefistofele (1923)

Por que é mais do que um carro? Este é simplesmente um modelo único, com um motor de 21,7 litros e 320 cavalos, criado para quebrar recordes e batizado de “Mefistofele”.
A força do seis cilindros aeronáutico da Fiat não ia para as rodas traseiras por um eixo, e sim por uma bendita corrente. Como eles conseguiram fazer uma coisa dessas alcançar os 234,97 km/h em 1924, se tornando a coisa mais rápida na face do planeta, foge à minha compreensão.

Mercedes-Benz SSK (1928-1932)

Por que é mais do que um carro? A característica que define o Mercedes-Benz SSK é o seu supercharger. A Mercedes já havia criado um modelo “S”, seguido de um modelo “SS”, mas foi o SSK projetado por Porsche (o K significava curto) que deixou as estradas em alerta, com um supercharger operado pelo motorista que, se acionado por muito tempo, detonaria o motor sem cerimônias.
Se o fato de um esportivo de luxo poder explodir seu próprio motor com a potência que ele produz não é ser um supercarro, não sabemos o que seria.

Auburn Boattail Speedster (1935-1937)

Por que é mais do que um carro? Os Auburn Speedsters não eram os carros mais rápidos da sua época. Não eram os melhores para se guiar, e não tinham o maior dos pedigrees. Eles eram interpretações americanas grandes e atrevidas dos ágeis esportivos europeus, mais apropriados para posar e apostar rachas pela quinta avenida.
Eles sempre serão lembrados pela traseira de barco, mas vale vê-los de frente, onde sua grade cromada brilha como só um bom exibicionista é capaz.

Duesenberg SSJ (1936)

Por que é mais do que um carro? A Duesenberg foi a verdadeira rainha dos automóveis de sua época, conquistando um espaço no rol da categoria na transição da década de 1920 a partir de sua sede em Auburn, no estado de Indiana.
O ápice dos modelos de rua foi o SSJ de 1936, uma versão ainda mais potente e com carroceria speedster de seu inacreditavelmente luxuoso modelo J. Apenas dois carros saíram da fábrica; um foi para Gary Cooper, o outro para Clark Gable.
O SSJ não é exatamente a McLaren F1 de seu tempo – era grande e pesado demais para isso, mas lembrava o Veyron no quesito presença e na interpretação revestida de couro do conceito do supercarro.

Bugatti 57SC (1938)

Por que é mais do que um carro? Antes de se tornar um laboratório de testes para os planos de negócio megalomaníacos da Volkswagen, a Bugatti era “a” fabricante de esportivos luxuosos, ninguém chegava perto da pequena empresa situada próximo da fronteira entre a França e a Alemanha.
Eles construíram carros inacreditavelmente rápidos. O mais rápido e extravagante de todos foi o Type 57SC topo de linha. O S indicava que o carro era mais baixo que o normal, e o C indicava a presença de um supercharger no motor. O oito cilindros 3.3 produzia mais de 200 cavalos, e combinado com um chassi nervoso à altura, foi o maior esportivo de seu tempo.
O que os tornavam tão inacreditáveis não era a potência, a finesse ou o estilo, mas que eles construíram carros absurdamente frágeis. Eram tão delicados que você precisava drenar e aquecer o óleo no fogão antes de colocá-lo de volta no carro frio.

Mercedes-Benz 300SL (1954)

Por que é mais do que um carro? Não é difícil encontrar citações de que o termo “supercarro” (ou superesportivo) foi criado para o Miura. Bobagem. Não só já usavam o termo anos antes, como também já rodavam por aí supercarros como o Mercedes asa de gaivota lançado em 1954.
O 300SL perde pontos na escala por ser baseado no carro de corrida da Mercedes na época, o 300SLR. Supercarros são para andar rápido e ser visto como um multimilionário, e não funcionar de forma confiável e eficiente. Mesmo assim, este carro compensa esta “deficiência” com uma injeção direta de combustível mecânica, uma tecnologia que a Mercedes desenvolveu durante a Segunda Guerra.
O carro não só tinha cerca de 200 cavalos de seu seis cilindros 3.0, como era caro como uma bela casa. Ah, e não podemos nos esquecer destas portas.

Lamborghini Miura (1966)

Por que é mais do que um carro? O mais super entre os supers é certamente o Bugatti Veyron. É estupidamente rápido, e não serve pra muita coisa fora se exibir e acelerar feito um caça a jato.
O Lamborghini Miura acertou a fórmula quase em cheio lá em 1966. Tinha tecnologia de ponta em sua configuração de motor V12 central com 350 cavalos, e não foi pensado para as pistas. Isso se traduzia em andar incrivelmente rápido e ser visto como alguém extremamente rico. Fora isso ele continua estonteante. O modelo de supercarro perfeito.
Crédito das fotos: DaimlerChryslerLamborghiniDaimler-Benz, Topical Press Agency/Getty,Special Interest AutosG. R. CimmsGeorgAlan HeadJack Snellbrewbooks.

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