quarta-feira, 27 de julho de 2011

MATANDO SAUDADES.

Chevette, o sedã popular

Chevrolet Chevette: o sedã popular
Modelo lançado em 1973 chegou para conter o sucesso do rival da Volkswagen
Ed Globo
Um sedã feito para concorrer com o “Sedan” Volkswagen e
tantos outros modelos compactos.
Nascido em 24 de abril de 1973 com tração traseira,
amplo espaço interno e desenho atraente,
o Chevrolet Chevettenão chegou a ameaçar
o reinado do Fusca. Mas deixou seu nome gravado
na história da indústria automobilística nacional e
na memória de muitos consumidores.
Moderno para a época, o modelo causou
impressão muito boa, de acordo com a matéria de
Autoesporte publicada à época de seu
lançamento.
“O entrosamento ‘homem-máquina’ é imediato
no Chevette. Demos a partida e saímos
rodando com ele como se já fôssemos
velhos conhecidos. Depois de alguns minutos,
a impressão é de que sempre guiamos este automóvel,
tal a sua obediência às manobras feitas ao volante.”
Ed Globo
Outro ponto também elogiado pela avaliação
realizada na época foi a manobrabilidade do
Chevrolet, qualidade que foi um de seus
pontos fortes ao longo de toda a sua produção.
“A ‘servilidade’ aos desejos no motorista,
a estabilidade, a boa resposta à aceleração
e a excelente estabilidade tornam esse
automóvel de fato delicioso de dirigir.”
Nos detalhes, o modelo agradou de uma
forma geral. Os bancos dianteiros, por exemplo,
traziam um sistema de ajuste longitudinal
sem trilhos, que garantia maior segurança
a motorista e passageiro.
Os pedais suspensos, apesar de pequenos,
ofereciam posição e altura favoráveis ao
acionamento correto mesmo para quem
guiava o sedã pela primeira vez.
A matéria destacava ainda o alto grau de
segurança do modelo, compatível às normas
da Europa e dos Estados Unidos.
Itens como sistema de freios com
duplo circuito (com discos opcionais
para as rodas dianteiras), tanque de
combustível entre o encosto do banco
traseiro e o porta-malas, direção não
penetrante, luzes de alerta, maçanetas
externas embutidas, dupla trava de
segurança no capô e botões do painel
achatados e feitos de material “não contundente”
o tornavam realmente seguro.
Ed Globo
Por baixo do capô, o moderno motor 1.4 com
comando de válvulas no cabeçote era
garantia de bom desempenho e baixo
consumo de combustível. Com ele,
o bom e velho Chevette oferecia
60 cavalos de potência (líquida) a 5.400 rpm e
9,2 mkgf de torque (líquido) a 3.600 rpm.
Outra vantagem era o bom espaço do cofre,
que facilitava o acesso a qualquer peça do
motor que precisasse ser trocada.
Com tantas virtudes, o Chevrolet,
construído na então nova fábrica da GM,
em São José dos Campos (SP), caiu no
gosto do consumidor e já em março de 1
974 chegou a 50 mil unidades produzidas,
número que saltou para 100 mil em
novembro do mesmo ano. No ano seguinte,
em abril, a montadora lançou o
Chevette Especial e, em novembro,
a versão SL (Super Luxo) chega como grande
destaque da linhaChevrolet 1976.
Ed Globo
Com as novidades introduzidas no modelo,
as vendas continuaram num ritmo crescente,
tanto que a produção bateu nas 200 mil
unidades em maio de 1976. Seis meses depois,
na décima edição do Salão do Automóvel,
a versão esportiva GP-II é apresentada ao público.
A nova opção do Chevette foi lançada
oficialmente no dia 23 de janeiro de 1977,
durante o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1,
em Interlagos. Com novos comando de válvulas,
distribuidor e carburador, o modelo havia ficado
20% mais econômico.
O mês de agosto trouxe um Chevette com a
frente diferente, redesenhada para atualizar
o modelo oferecido na linha 1978. Já a linha
1979 trouxe como novidade a opção de
carroceria com quatro portas –
demorou um pouco a chegar,
mas vale lembrar que nessa época os
brasileiros preferiam os modelos de duas portas.
Ed Globo
Pensando no aumento da família, a GM
apresentou à imprensa, em novembro de
1979, a linha Chevrolet1980,
que incluía o Chevette Hatch.
O modelo, que continuava bem
no ranking de vendas, emplacou 500 mil
unidades em fevereiro de 80. Cinco meses
depois chega mais um reforço: o motor
movido a álcool.
Setembro de 80 marcou a apresentação
da linha 1981, que contava com a nova
perua Chevette Marajó e a versão
Hatch SR 1.6 L. Já em 81, no mês de
março, o Chevette Hatch recebeu o título
de Carro do Ano, concedido por Autoesporte.
Daí em diante o modelo continuou marcante.
Ganhou a versão picape Chevy 500
em outubro de 1983, foi o líder de vendas no
País no mesmo ano (85.894 unidades),
atingiu a produção de um milhão de unidades
em março de 1987, foi oferecido na
versão Júnior 1.0 em 1992 e teve como
sobrevida a opção L 1.6, lançada em abril
de 1993. Em 12 de novembro do mesmo ano,
o modelo sai de cena com a respeitável
marca de 1,6 milhão de unidades produzidas.

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