quarta-feira, 27 de julho de 2011

LEXUS LFA, EM TESTES

Lexus LFA, um carro fora do sério!

Testes

LFA de 560 cv prova que nem só de carros conservadores vive a marca
(08-07-11) - A Lexus foi criada em 1989 com a proposta
de construir carros requintados para encarar
Mercedes-Benz e BMW nos Estados Unidos. A base,
em geral, eram os automóveis da própria criadora,
a Toyota. Foi assim, por exemplo, que a divisão de
luxo criou o sedã médio-grande ES, que nada mais
é que um Camry com uma “embalagem” mais sofisticada.
Mas com o fim da produção do Toyota Supra, em 2002,
a matriz japonesa precisava preencher a lacuna deixada
pelo icônico superesportivo. E foi aí que a Lexus ganhou
um novo papel ao desenvolver do zero um novo modelo.
O longo processo gerou o LFA e teve lançamento no
Salão de Tóquio, em outubro de 2009,
depois de diversos conceitos apresentados em outros
motorshows.

A missão do LFA não é das mais fáceis. A atual safra
de superesportivos está repleta de representantes
de peso, como Ferrari 458 Italia, Lamborghini Aventador e
McLaren MP4-12C. Por isso, a Lexus não economizou
em tecnologia. Desde o início do projeto, o objetivo da
fabricante era criar um carro o mais leve possível e
com a difusão de diversos novos materiais.
Tanto o chassi como a carroceria são todos feitos
por um composto de plástico reforçado por fibra de carbono.
Assim, de acordo com a marca, o veículo alcança a
maior integridade dinâmica possível com o menor peso.
Ainda segundo a Lexus, o conjunto deixa o carro quatro
vezes mais rígido e 100 kg mais leve que um equivalente
em alumínio.
Mas não é só de leveza que o LFA sobrevive.
A marca também desenvolveu um motor totalmente
novo para impulsionar o seu primeiro superesportivo.
Os engenheiros da marca, então, construíram um
propulsor com 10 cilindros montados em “V” com 4.8 litros
que gira a até elevados 9 mil rpm. Os números gerados
também são impressionantes. São 560 cv de potência a
8.700 giros e 48,94 kgfm de torque alcançados a 6.800 giros.
Toda a força é destinada para as rodas traseiras através
de uma transmissão automatizada de seis velocidades – que
pode ter as trocas de marchas feitas entre 0,2 e 1,0 segundo,
de acordo com a escolha do condutor. Com isso,
a aceleração de zero a 100 km/h é feita em apenas
3,7 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 325 km/h.

Além da velocidade em linha reta, a Lexus trabalhou
para que o LFA fosse ágil também nas curvas.
Os eixos de alumínio foram montados em cima de
partes do chassi feitas de fibra de carbono,
e o posicionamento do motor e da caixa de marchas
foi pensado para que a distribuição de peso fique
em 48% para a frente e 52% para a traseira.
Além disso, a fabricante nipônica distribuiu o
resto dos componentes de uma maneira que o
carro fique com o centro de gravidade o mais baixo possível.

Por se tratar de um automóvel de grande apelo emocional,
a estética não foi deixada de lado.
O desenho pouco se assemelha aos outros
modelos da Lexus, geralmente conhecidos pela
sua sobriedade. A parte externa se destaca
pelo visual anabolizado, com para-choques,
saias laterais e spoilers bastante pronunciados.
Perto de tanta carroceria, os faróis triangulares
ficam escondidos, assim como as lanternas
traseiras, posicionadas sobre grandes saídas de ar.

O interior também é incomum, principalmente
graças ao painel de instrumentos digital.
De acordo com a Lexus, um conjunto tradicional,
com a agulha analógica, não conseguiria
representar com exatidão as rápidas mudanças
de giro do potente motor V10. Entre os
equipamentos, o LFA conta com o esperado
para um automóvel da sua categoria, como
controle de estabilidade e tração, ABS, suspensão
ativa e itens de conforto, como GPS e ar-condicionado
de duas zonas.

Para montar tudo isso, a Lexus leva tempo.
Graças ao complexo processo de fabricação,
apenas 20 LFA são montados por mês, todos feitos
de forma quase artesanal pelos engenheiros da marca.
A produção total é limitada a apenas 500 unidades.
O preço final também reflete essa exclusividade e o
avanço tecnológico. São 375 mil euros – algo em
torno de R$ 850 mil – bem mais do que as marcas
concorrentes cobram pelos seus modelos,
que ficam na faixa de 200 mil euros.

Sensações exclusivas

Por Ivana Censi*

(Forte Dei Marmi/Itália) – O Lexus LFA tem poucos
similares no mundo, graças a suas linhas agressivas,
a sua estrutura técnica impressionante e –
por último mas não menos importante –
a seu preço impróprio para muita gente: 375 mil euros
– mais de R$ 850 mil.

Contudo, o que realmente distingue o Lexus LFA
de todas as outras máquinas é o rugido do
motor de 10 cilindros em V com 4.8 litros,
que desenvolve impressionantes 560 cv de
potência e atinge a velocidade máxima de 325 km/h.
O poderoso propulsor é responsável por
levar o esportivo da inércia aos 100 km/h em
apenas 3,7 segundos. Ou seja, todos os
números que caracterizam o LFA são impressionantes.

As linhas inspiradas e o barulho incomparável
do V10 fazem do contato com o modelo uma
experiência emocionante desde o momento
em que o motor é acionado. Uma vez dentro
do cockpit, os assentos de couro vermelho,
os cintos super-reforçados e o painel de
instrumentos fazem o condutor se sentir dentro
de um avião de caça – e por isso o auxílio
preciso do computador de bordo é valioso.

O modelo não foi utilizado na pista – não foi possível,
portanto, julgar os aspectos mais extremos do carro –
, mas a distância percorrida foi suficiente para deixar
boas impressões sobre o esportivo japonês.
A aceleração é realmente poderosa e faz o
condutor “colar” ao encosto. O rugido do motor pode
ser ouvido a algumas centenas de metros de
distância e todos que avistam o LFA ficam espantados.

A transmissão automatizada de 6 velocidades
também pode funcionar no modo sequencial,
mas para entender exatamente todos os comandos
e dominar a fera, leva um pouco de tempo.
Os freios a disco ventilado de carbono-cerâmica
proporcionam uma frenagem forte e dão confiança
de piloto ao condutor.

Em seu conjunto, o LFA se torna um carro dos
sonhos que, depois de tantos anos de planejamento
e três versões conceituais, parece ter finalmente
encontrado o rumo certo, e que o posiciona bem
próximo da perfeição na área automotiva.
Não por acaso, os pedidos iniciais do LFA ao
redor do mundo atingiram as mil unidades
– o dobro da produção esperada. É sinal de que
os aficionados por máquinas superesportivas já
perceberam a qualidade do bólido “made in Japan”
– o que, depois da tragédia de março no país,
vem carregado de grande otimismo.
Agora, a missão mais difícil do LFA é derrubar Ferrari,
Lamborghini e Porsche e alcançar o topo do segmento.

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