Um canadense fez uma descoberta inesperada na costa da Colúmbia Britânica duas semanas atrás. Destroços do trágico tsunami japonês de um ano atrás começaram a chegar à costa oeste da América do Norte. No dia 18, Peter Mark encontrou um contêiner branco na praia. O que havia dentro? Uma Harley Davidson.
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A cruiser enferrujada e tomada por algas tem placas da prefeitura de Miyagi, uma das áreas mais devastadas pelo tsunami. Mark, que andava com seu quadriciclo por uma praia remota na ilha Graham, na costa do estado da Colúmbia Britânica, avistou a grande caixa branca na areia. Estava danificada, mas ainda guardava a motocicleta, alguns tacos de beisebol, ferramentas e equipamento para acampamento. Com base nos vídeos de caminhões de mudança arrastados pelas águas no Japão, parece que o contêiner era mesmo parte de um desses caminhões.
A agência nacional para o oceano e atmosfera dos Estados Unidos (NOAA na sigla em inglês) afirmou que o governo japonês estimou que 25 milhões de toneladas de destroços foram gerados pelo tsunami, mas até o momento, ninguém sabe quanto foi levado pelo mar. Logo depois do desastre, imagens de satélite registraram grandes faixas de lixo flutuando na costa japonesa, mas desde então elas foram separadas pelos ventos e correntes marítimas.
Os cientistas da NOAA preveem que boa parte do lixo vá parar na costa do Havaí e na costa oeste da América do Norte de carona na corrente Kuroshio (PDF). O que deve aumentar aquantidade já significativa de lixo no oceano pacífico. Declarações feitas por várias autoridades dão a entender que é praticamente impossível limpar todo o estrago.
A Harley que Mark encontrou é um dos primeiros grandes pedaços de destroços do tsunami encontrados do outro lado do Pacífico. Até agora tudo o que era encontrado não passava de garrafas e pequenos objetos flutuantes. Representantes do governo japonês – que declarou que a maioria dos bens semelhantes à moto encontrada já deve ter afundado – procuram pelo dono da moto para saber se ele sobreviveu à tragédia.
“Em muitos casos, acredito que os donos gostarão de reencontrar seus objetos perdidos”, disse à CBC News o cônsul geral do Japão em Vancouver, Hideki Ito.
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