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A Kia apresentou ontem, 07 de fevereiro, para a imprensa especializada o Novo Sportage Flex. Estivemos presentes no evento e tivemos a oportunidade de rodar cerca de 150 quilômetros no utilitário equipado com o motor bicombustível. Além do motor, a linha Sportage 2012 também traz mais novidades. Confira os detalhes e as imporessões ao dirigir.
O Kia Sportage Flex 2012 é o terceiro modelo bicombustível da montadora sul-coreana e destinado exclusivamente ao mercado brasileiro. De acordo com Ary Jorge Ribeiro, Diretor de Vendas da Kia, a nova motorização flex demonstra o comprometimento da marca com o mercado brasileiro e agrega ao modelo um diferencial de mercado, apesar do preço do etanol estar momentaneamente desfavorável.
O motor que equipa o Sportage é o 2.0 litros, DOHC, 16 válvulas com dual CVVT. Quando abastecido com etanol, o motor entrega 178 cavalos de potência a 6.200 rpm e torque de 21,4 Kgfm a 4.700 rpm. Com gasolina, também ouve um ganho de 3 cavalos em relação à versão monocombustível, passando entregar agora 169 cavalos de potência a 6.200 rpm e torque de 20 Kgfm a 4.700 rpm.
O Sportage Flex ganhou também nova transmissão mecânica, agora com seis velocidades. No Brasil, o modelo 2012 será oferecido em cinco versões, sendo uma delas com a nova transmissão manual de seis velocidades e as demais com câmbio automático de seis velocidades com opção de trocas sequenciais e autoadaptativo. Outra mudança relevante foi no tipo de direção, que passou a ser elétrica progressiva.
Preços e versões do Kia Sportage Flex 2012
A versão de entrada do Kia Sportage [cód. P.525] custa R$ 90.900 e conta com câmbio manual, ar-condicionado manual, chave tipo Keyless, travamento de porta e abertura do porta-malas à distância, freio de estacionamento com acionamento por pedal, iluminação do porta-malas, rádio CD/MP3 com controle no volante, entrada de áudio auxiliar e USB no console central, sistema de som com quatro alto-falantes e dois tweeters, sistema imobilizador de ignição, tampa do compartimento de bagagem, travamento elétrico central das portas e porta-malas, vidros elétricos nas quatro portas com função One Touch Down para o motorista e volante com regulagem de altura.
Impressões ao dirigir o Novo Sportage Flex 2012
Na ocasião do seu lançamento no ano passado, dirigimos o Sportage por rodovias no interior de São Paulo, e por isso, não tínhamos expectativa em relação ao novo teste. Foi um engano. Para nossa surpresa, os 178 cavalos de potência quando abastecido com etanol faz toda a diferença. O acelerador responde muito bem a uma tocada mais forte e a potência logo aparece.
O trajeto escolhido pela Kia contemplou trechos dentro da cidade, com direito a pesado trânsito, e também longo percurso em rodovias. Na cidade o Sportage Flex, abastecido sempre com etanol, demonstrou agilidade digna de um hatch médio com boa disposição para aquelas manobras rápidas de mudanças de faixa.
Na rodovia as qualidades são ainda mais evidentes. Rodando a 120 km/h, o nível de ruído interno é baixíssimo. Além do excelente isolamento acústico, contribuem para o baixo ruído o desenho aerodinâmico do modelo e o bom trabalho do câmbio de 6 marchas. Rodando à 100 km/h, o giro do motor fica em 2.000 RPM, enquanto aos 120 km/h o giro é de 2.500 RPM.
As trocas de marcha ocorrem de modo suave, mas quando se exige mais do acelerador o câmbio dá uma oscilada e demora alguns instantes para definir a melhor marcha. Para quem gosta de andar mais forte, a opção mais indicada é a troca manual através da própria manola. Pelo porte e preço do carro, faltou apenas as borboletas para trocas manuais no volante.
Uma alteração importante no Sportage Flex foi a adoção da direção com assistência elétrica progressiva. Extremamente leve, a direção oferece conforto extra nas manobras do dia a dia, e na estrada, fica gradativamente mais pesada.
No trajeto não foi possível medir o consumo de combustível, algo muito interessante pelo fato de ter sido abastecido apenas com etanol.
Apesar do preço do etanol alto, o fato do Sportage ter virado Flex deve ser mais comemorado do que lamentado. Mais comemorado pelo fato do consumidor poder optar por um desempenho mais nervoso, ao utilizar etanol, ou por um comportamento mais manso e mais vivável com a gasolina. Mas isso não deve ser problema, ou será que alguém que desembolsar mais de R$ 90.000 num utilitário vai ficar fazendo economia e medições no consumo?
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