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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DODGE CHARGER 1968

Em meados dos anos 60, a indústria automobilística americana sofreria uma reviravolta completa, que marcaria a história do automóvel para sempre. Os Estados Unidos passava por um momento de economia muito favorável, com o mercado em alta e o consumidor americano cheio de dinheiro. Os mesmos estavam mais exigentes e cansados das “banheiras” repletas de cromados e pouco potentes fabricadas ate então. Eles exigiam individualidade e atitude. Diante de um mercado tão promissor as grandes montadoras de Detroit começam a repensar o modelo de carro americano. Nasciam ai os pony-cars e os muscle-cars “carros musculosos”, em alusão à aparência agressiva e seus motores V8 de grande potência.

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Dentre os muscle-cars surgia um verdadeiro ícone, o Dodge Charger uma versão fastback do Dodge Coronet, com colunas traseiras alongadas e um visual inovador e agressivo. Com os faróis escondidos por uma grande grade e conjunto ótico traseiro formado por uma enorme lanterna inteiriça, deixava claro seu apelo esportivo junto com suas cinco opções de motorizações diferentes, partindo do nosso V8 318, porém com 230HP até o antológico 426 HEMI de 7.0 litros e 425HP.

Em 1968 o Dodge Charger passa por sua primeira reestilização (que adota muitas peculiaridades que viriam a ser exclusivas do modelo de 68 tornando-o uma raridade hoje em dia). Perde sua lanterna traseira inteiriça e adota um par de lanternas duplas, sua grade frontal permanece, porém com um formato diferente, sua janela traseira fica menor, o carro muda muito, mas sem perder suas principais características. Pelo contrário agora suas formas são mais harmônicas passando ainda mais esportividade e agressividade em seu visual. Agora também já era disponibilizado o motor 440 Magnum de 7.2 litros e 375HP, derivado dos utilitários da Chrysler. Que logo se tornou a motorização mais cobiçada para ele já que mesmo sendo menos potente, era mais barato e considerado mais confiável que o HEMI na época.

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E é justamente esse modelo tão raro que pode ser visto aqui, completamente restaurado e por que não dizer, melhorado. Seu motor um V8 440 Magnum recebeu pistões forjados, cabeçotes em alumínio Edelbrock, coletor de admissão também Edelbrock, um carburador Holley de 750cfm, uma bomba de combustível mecânica de alto volume, distribuidor e cabos de vela de 8 milímetros MSD, coletores de escape Hooker com silenciosos Flowmaster e radiador em alumínio com ventilador elétrico duplo.

A Transmissão é uma Mopar A883 manual de 4 velocidades com volante aliviado em aço da americana McLeod, disco de embreagem heavy-duty e eixo Strange Engineering. Os freios são agora a disco perfurado, da famosa Wilwood nas quatro rodas da marca Foose modelo Nitrous II 18×8 na dianteira e 20×10 na traseira com pneus 245/40R18 e 295/30R20.

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Tanto o exterior como o interior permanecem praticamente originais, recebendo por fora uma bela pintura prata com as listras características do modelo em um tom mais claro. E por dentro uma reforma completa na tapeçaria e painéis nos moldes originais, adoção de um volante BilletSpecialties, manômetros adicionais Auto Meter e a bela manopla de câmbio modelo pistola, que equipava alguns modelos Chrysler.

Um clássico muscle que deixou sua marca na historia e renasce pronto para desfilar exibindo seu ronco e despejar toda a potência de seu motor V8 por onde passe.

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