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quarta-feira, 27 de julho de 2011

TODO CUIDADO COM SEU POSSANTE É POUCO.

Sinais de manutenção no carro

Entenda a interpretar os sinais que o veículo dá ao dono

anunciando que está com problemas


Todo carro se comunica com o motorista. Ou pelo menos tenta.
Especialmente quando as coisas não andam bem.
Ele avisa quando o amortecedor está gasto ou quando o
pneu precisa de calibragem.
Você só precisa saber ouvi-lo.
Para ajudar nessa relação desgastada entre automóvel e proprietário,
em vez de psicólogos ou terapeutas, fomos buscar os conselhos
de César Urnhani,
piloto de testes da Pirelli, e Gerson Burin, técnico em segurança viária
do Cesvi Brasil,
que ensinam dicas preciosas para reconhecer quais são as principais
mensagens
transmitidas por seu carro.



Alinhamento e balanceamento Do mesmo modo
que o homem indica à máquina o que ele quer
através do volante, a máquina, por mais submissa
que seja, sinaliza suas carências. O recado mais
fácil de entender é quando o volante está torto.
Seu carro está dizendo a você que é preciso
refazer o alinhamento da direção. Nesse caso,
em geral o volante apresenta vibração, às vezes
até em baixa velocidade. Na estrada, o veículo
fica instável e a direção quer se mexer sozinha.
Isso mostra que, além do alinhamento, também
é necessário balancear as rodas. Para fugir dessa,
a dica é evitar ao máximo impactos em buracos e
lombadas irregulares e não descuidar da revisão
periódica, fazendo o serviço de alinhamento de
direção e de balanceamento dos pneus pelo
menos a cada 10 000 km ou quando receber os
sinais acima.




Cambagem

Outro recado que o volante pode mandar ao motorista é com relação à
cambagem. Para quem não sabe exatamente o que é, a cambagem se
refere ao grau de inclinação das rodas, tanto quando vistas de frente
como quando vistas de cima. E para cada modelo há uma medida exata.
Assim como ocorre com o alinhamento e o balanceamento, dá para
perceber que a cambagem está incorreta por meio de uma vibração no
volante e da falta de estabilidade do veículo. Mas a melhor maneira para
se certificar de que o problema está mesmo aí é observar se também
ocorre o desgaste irregular na banda de rodagem. Se houver,
vá correndo para uma oficina.

Amortecedores

O carro também se comunica
com o dono por meio de sons.
Um exemplo é quando os
amortecedores estão com sua
vida útil comprometida.
Ao passar por um piso irregular
ou uma lombada, ouvimos o som
de algo batendo na suspensão.
Achou que é normal? Então você
passa por outra lombada e escuta
de novo a batida seca. Há uma
grande chance de ser amortecedor
cansado. Mas ele também manda
outro aviso sonoro nessa situação:
os pneus cantam mesmo em
velocidades mais baixas. Como a
maioria dos problemas que
envolvem
a suspensão, os primeiros efeitos
colaterais são a perda de estabilidade e o desgaste prematuro dos pneus.
Não é possível estipular um prazo exato para a troca dos amortecedores,
pois varia conforme o modelo, o terreno percorrido, o nível de carga e o
modo de dirigir. Na dúvida, vá a uma oficina especializada em suspensão e
faça uma checagem rápida.

Calibragem Seu automóvel teima em ir para um lado e você precisa
estar corrigindo sempre a trajetória? Sente que a estabilidade piorou
quando está acima de 60 km/h? Então pare no primeiro posto de
combustível e calibre os pneus, pois o problema está neles. Caso
os pneus estejam mais vazios do que deveriam, eles vão cantar mais
nas curvas e, como consequência, causará o aumento do consumo
de combustível. Porém, se a calibragem estiver acima do ideal, haverá
um desgaste irregular nos pneus, especialmente no centro da banda
de rodagem. Para não cair nessa roubada, é só criar uma rotina:
faça calibragem dos pneus a cada uma ou duas vezes que for
ao posto abastecer o tanque.

Molas

Possuem vida útil superior
aos amortecedores e têm
uma responsabilidade adicional:
suportar o peso da carroceria.
Portanto, no caso de desgaste
excessivo, o risco de acidente e
danos à suspensão é ainda
maior. As mensagens que elas
mandam começam com um carro
instável, que, ao passar por
obstáculos e pisos mais irregulares,
balança de forma intensa, vibrando
demais, como se fosse numa picape
antiga, que pula sem parar.
Além disso, a cambagem começa a
se deteriorar com mais rapidez,
iniciando um efeito dominó em
outros itens da suspensão.
Como os amortecedores, não há
quilometragem ideal para
substituí-las.
Só mesmo o mecânico pode dizer se chegou a hora da troca.

Combustível adulterado

De repente você ouve que o motor está "grilando". Pois bem, se ao dar a partida ou na arrancada se ouve esse ruído agudo metálico, pode pensar em combustível adulterado. Esse som é característico do momento em que é injetado combustível nas câmaras de combustão. Com a gasolina ou o álcool de má qualidade, ele força essa injeção, emitindo um ruído mais agudo. Junto desse sintoma, o veículo começa a apresentar outros sinais característicos, como falhas no funcionamento do motor, marcha lenta irregular e perda de potência. Aqui vale a velha e boa dica: abastecer sempre em um posto de confiança, conhecido,
e fugir de preços muito abaixo da média.

Velas

Quando elas estão gastas ou
danificadas, seu carro manda
avisos bem claros.
O motor começa a engasgar,
perde potência ao acelerar e
até apaga repentinamente.
Com o funcionamento irregular,
o motor acaba trabalhando em
temperaturas maiores e consumindo
mais combustível. Assim que perceber
algo fora do normal com o motor,
vá logo ao seu mecânico de confiança.
A troca das velas é um serviço barato.
O preço, incluindo a mão de obra,
sai por menos de 80 reais, para hatch
popular.
O ideal é não ter de sentir esses sintomas
para fazer o serviço.
Em geral recomenda-se que se troquem as
velas a cada 20 000 km, mas na dúvida
siga sempre a recomendação do manual
do proprietário.

Fonte: 4
Rodas

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